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O cinema inglês vive um problema crônico vinculado à qualidade. Não se trata da falta de recursos, ou de alguma incapacidade em fazer bons filmes. Se trata de produção de filmes de prestígio, dotados de qualidades que os credenciam ao Oscar, e o cinema inglês sempre foi um queridinho da Academia.Este é o lado, digamos, sério, do cinema inglês contemporâneo, e seu lado irrelevante. Será deixado de lado nas páginas seguintes, por não ser o que i...

O Canadá costuma ser visto como aquele território enorme e desprovido de problemas situado ao norte dos Estados Unidos, onde a vida é tranquila, as pessoas não têm maiores preocupações, faz muito frio e no qual as culpas e contradições norte-americanas não repercutem. Mas costumas ser visto, também, como uma nação sem identidade, algo como um apêndice bem-sucedido dos Estados Unidos, mas destituído de valores próprios e, no final das contas, s...

Frank Borzage e Budd Boetticher foram mestres que sempre permaneceram em segundo plano nos gêneros aos quais se dedicaram. Borzage foi o principal cultor do melodrama no final da década de 1920 e ao longo da década de 1930, mas nunca conseguiu o reconhecimento dado de forma tão justa a Douglas Sirk, outro mestre do gênero. Ficou em uma posição inferior e hoje quase não é lembrado, como ocorreu também com John M. Stahl, que se dedicou ao gênero...

Em Cinema belga: 1973-2016, Ricardo Luiz de Souza trabalha o cinema belga no período que vai de 1973 a 2016, em uma época na qual nomes como Chantal Ackerman, André Delvaux e os irmãos Dardenne realizaram seus filmes. Este período do cinema belga é analisado não apenas a partir das obras-primas que nele foram feitas, mas, também, a partir de alguns momentos menos felizes e expressivos, que, no entanto, nos ajudam a compreender algumas das vert...

Em Cinema inglês 1957-1968, Ricardo Luiz de Souza analisa o percurso do cinema inglês de 1957_ marco inaugural do Free Cinema_ até o final da década de 1960, a partir do estudo de diversos dilmes feitos no período. Foi um período no qual, como sempre, o cinema inglês permaneceu majoritariamente preso a um academicismo renitente, mas, no qual, todo um processo de renovação foi levado adiante, durante e após o Free Cinema. Este movimento permane...

Ao cinema inglês raramente foi concedido um estatuto próprio. Ele sempre foi visto como um apêndice do cinema norte-americano, dado à abordagem de temas mais nobres, com uma linguagem acadêmica, um cinema, enfim, mais pretensioso, e cujas produções tendem a ranger sob o peso destas produções. Esta é a imagem que se tem frequentemente do cinema inglês, e a imagem que uma parte considerável da produção inglesa ajuda a consolidar. Menciona-se, co...

Tanto o cinema turco quanto o cinema iraniano podem ser definidos como fronteiriços e, neste sentido, seguem a dimensão geográfica e cultural entre Europa e Ásia. Ambos são países híbridos. Geograficamente situam-se no Oriente e pertencem à sua problemática. Mas também são portas de entrada para a Europa, recebendo o impacto da ocidentalização, e principalmente os filmes turcos registram e debatem a dualidade entre Ocidente e Oriente, modernid...

O objetivo do presente texto não é a descrição dos estados alterados de consciência provocados por álcool e drogas, nem a análise dos efeitos das mesmas sobre o organismo. E o objetivo não é, também, contar a história de como tais substâncias e as percepções por elas produzidas foram vistas ao longo da história. O objetivo proposto é mais simples e mais modesto. Trata-se de definir, sem a ambição de ser exaustivo nem em relação ao leque histor...

Em A roupa no Brasil: como era usado, por quem era usada, como era vista, Ricardo Luiz de Souza faz uma história do vestuário no Brasil, indo desde os século da América Portuguesa às primeiras décadas do século XX. São estudadas as dinâmicas sociais, as mudanças de gosto, as especificidades do vestuário masculino e feminino, as adaptações do vestuário perante imposições religiosas, profissionais e outras. São estudados, finalmente, os critério...

Em Sincretismo, Igreja e intelectuais: o catolicismo popular e suas interações, Ricardo Luiz de Souza estuda o catolicismo popular a partir de três níveis de interação: com outras religiões, a partir de manifestações sincréticas, com a Igreja, a partir do confronto e do diálogo entre a rua e o templo, os fiéis e a instituição, e com as elites letradas, que alternaram historicamente em relação a ele atitudes de desprezo, estudo, fé e apologia. ...

Em Seis cineastas: Hollywood entre a sugestão e a imagem, Ricardo Luiz de Souza estuda a obra de seis cineastas hollywoodianos, a partir da análise de alguns de seus filmes mais representativos. Trata-se de filmes feitos por Jacques Tourneur, William A. Wellman, Nicholas Ray, W. S, Van Dyke, Joseph H. Lewis e Roger Corman. São cineastas que transitaram entre as produções de maior orçamento e os filmes B, sendo que Lewis e Corman especializaram...

O culto aos santos e a crença em sua existência possuem uma importância central no catolicismo, a ponto de terem sido um dos principais elementos do cisma doutrinário que iria gerar o protestantismo, uma vez que os protestantes não aceitavam a existência do estado de santidade e, portanto, recusavam qualquer validade a este culto. Muito mais que uma simples expressão do catolicismo, contudo, tal crença e o culto a ela correspondente representa...

Em Imigrantes: o debate sobre quem veio de longe, Ricardo Luiz de Souza efetua uma análise do debate sobre esta imigração e delimita as principais tendências presentes no mesmo. E pensar a trajetória deste debate é fundamental para pensar o próprio pensamento social brasileiro tal como foi gestado no período que abrange a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Isto porque os autores que pensaram o Brasil neste períod...

Neste livro, são estudados filmes feitos por Douglas Sirk, Joseph L. Mankiewicz, Stanley Donen, Blake Edwards e Robert Wise: cinco cineastas pertencentes à tradição hollywoodiana, mas que seguiram percursos diversos no âmbito desta tradição e ajudam a compreendê-la de diferentes formas a partir destes percursos diversos. Transitaram pelo melodrama, no caso, de Sirk, alternaram drama, comédia, musical e western, no caso de Mankiewicz, fizeram u...

O presente texto aborda as obras de Karl Marx e Max Weber a partir de temas por ele abordados e que ajudam na compreensão de diretrizes fundamentais de cada um. No caso de Marx, estudarei como as sociedades arcaicas, o colonialismo e o nacionalismo foram vistas por ele. Trata-se de temas que, embora não se situem no centro de sua démarche teórica, permitem efetuar ilações e estabelecer conclusões que permitem atingir espaços mais amplos do pen...

O chamado cinema noir foi produzido por Hollywood entre 1941 e 1955. Filmes noir foram produzidos por nomes com Anthony Mann, Howard Hawks e John Huston e toda uma estética e uma temática caracterizaram estes filmes e os tornaram específicos. Mas, o que é o cinema noir? Usarei o termo gênero diversas vezes para defini-lo, mas farei isto acima de tudo por comodidade. Mais que um gênero, afinal, o noir é uma temática e um estilo. Ele permaneceu,...

Em O cinema como campo de batalha: cinco cineastas e a ação hollywoodiana, Ricardo Luiz de Souza estuda as obras de cinco dos mais representativos cineastas ligados ao gênero, Serão analisados filmes de John Frankenheimer, Sam Packinpah, Don Siegel, Samuel Fuller e Robert Aldrich. Estes diretores criaram algumas das mais importantes obras do gênero, e dirigiram diversas de suas obras-primas. Fazer a análise destes filmes em conjunto significa,...

Em três mestres de Hollywood, Ford, Hawks, Hitchcock, Ricardo Luiz de Souza estuda as obras destes três cineastas, que são considerados os representantes máximos do cinema clássico hollywoodiano. É feita a análise das obras destes três cineastas, a partir do estudo específico de seus filmes. Esta análise não é global, ou seja, não são analisados todos os filmes dirigidos por John Ford, Howard Hawks e Alfred Hitchcock. É feita uma seleção deste...

O cinema hollywoodiano nunca seria o que foi sem a contribuição de um grupo de cineastas de origem germânica que, no período nazista e ainda antes dele, migraram para os Estados Unidos e ali seguiram carreira, criando obras-primas em diversos gêneros e ajudando a construir tanto a linhagem clássica da narrativa hollywoodiana, quanto o que veio depois dela. Em Olhares de fora: cinco cineastas europeus em Hollywood, é feita uma análise de cinco ...

O ano de 1939 entrou para a história como o ano icônico do que se convencionou chamar a idade de ouro de Hollywood. Foi, de fato, o ano de O mágico de Oz, de Ninotchka, de E o vento levou, de No tempo das diligências, e de outros clássicos absolutos. Um ano como este não pode, mesmo, ser visto como um ano qualquer, e dois filmes realizados no ano icônico serão analisados nas páginas seguintes. Mas, meu objetivo é analisar uma série de filmes f...